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E se Darwin pudesse criar uma teoria para o Setor Imobiliário?

A Teoria da Evolução da Espécie, defendida por Charles Darwin em um passado distante, leva em consideração o processo da Seleção Natural e geralmente me leva a uma reflexão, pois acredito que ela é totalmente convergente com os movimentos que regem o Mercado Imobiliário, especialmente nos últimos anos.

Parece meio óbvio que os mais fortes sobrevivem. Porém, eu pergunto: Como posso desenvolver uma musculatura suficientemente forte e resistente para sobreviver em um segmento marcado por momentos de expansão e depressão num curto espaço de tempo e influenciado por tantas variáveis?

Em minhas aulas, eu sempre faço uma analogia entre o que aconteceu com o Mercado Imobiliário e uma tempestade no Sertão Nordestino. Inicialmente, a terra seca e ávida por água, deparou-se com uma chuva forte e incessante. Enquanto havia espaço para a absorção da água, não existiam problemas. Porém, com o passar do tempo, o que antes era terra seca passou a ser terreno alagadiço.

O mesmo fenômeno ocorre no Setor Imobiliário quando um mercado sem crédito e com demanda reprimida é agraciado com todos os mecanismos que estimulam o consumo: primeiramente, acontece a absorção de muitos produtos, atingindo o seu limite potencial. Com o passar do tempo, a falta de planejamento da maioria dos empreendedores aspirantes a empresários do ramo faz com que o mercado torne-se saturado, formando “poças de água” em vários municípios, caracterizadas pela super oferta de produtos e seus altos níveis de estoque.

“Mas Cristiano, onde está Teoria de Darwin nisso tudo?” A meu ver, é algo bastante simples e lógico, pois, se observarmos com cuidado, a maior parte das empresas pensa que sua força está em apenas gerar o maior VGV (Valor Geral de Vendas) possível, vencendo a concorrência, independente da praça na qual decidem atuar.

Tal pensamento é enganoso! Ser forte, nessa perspectiva, é algo que vai além: é conseguir definir um produto de qualidade alinhado com o que a demanda local pode realmente pagar, é identificar regiões que atendem aos seus parâmetros de viabilidade financeira, mas que ainda não estão sob os holofotes e não virou “modinha”, é ter em mente regiões ainda sossegadas, porém com taxas geométricas de crescimento anual da população exorbitantes e indicadores de movimentos migratórios sensacionais.

Normalmente, essas áreas ainda se encontram na periferia e são a “irmã caçula promissora” que ninguém olha porque ainda está franzina.

O mais forte hoje não é aquele que tem mais recursos para empreender, é quem consegue fazer a lição de casa e conhece o perfil e tendência do seu consumidor. A força e a seleção natural estão atreladas justamente a saber fazer bem o básico. As empresas que conseguem sobreviver nos momentos de crise nem sempre são as maiores, mas tem em comum o fato de saber onde querem estar, como e quando irão executar ações e a quem direcionarão toda a sua estratégia para vascularizar as vendas.

Hoje, sobrevive quem é estratégico, resiliente e tem uma habilidade natural de se reinventar usando da melhor maneira todas as ferramentas que se tem.

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