Vôo por instrumento no Setor Imobiliário
Hoje, voltando para casa após mais uma semana de muito trabalho, com uma saudade enorme da família e a cabeça fervilhando de ideias após mais um curso realizado, comecei a fazer uma reflexão e encontrei uma certa similaridade entre a segurança necessária para voar e para investir no setor imobiliário. Percebi que ambas convergem para o poder de uma informação consistente e bem detalhada.
Você já parou para pensar no nível de confiança que um piloto de avião tem nos seus
instrumentos em pleno voo?
Pois é… Para um avião decolar, o planejamento é minucioso. São analisadas diversas variáveis em etapas concomitantes que vão das condições atmosféricas, meteorológicas, volume do tráfego aéreo na subida e descida, até a quantidade de combustível devida para o percurso – se é preciso reparo em algo relacionado à sustentação, turbinas, painel de bordo; enfim, o piloto tem conhecimento prévio do plano, ajusta e acompanha quaisquer distorções a fim de garantir segurança de todos os players durante o processo. Tudo é devidamente controlado e há uma rota milimetricamente calculada do início ao fim…
Já o empreendedor imobiliário, tem consciência e vem despertando sobre a necessidade de, cada vez mais, fazer uso de informações que possam balizar a sua tomada de decisão, mas ainda carece de ferramentas e metodologias que norteiem efetivamente suas equipes direcionadas e envolvidas na captação e formatação de bons projetos, desde a sua origem.
Se pudesse resumir a analogia em poucas linhas, o que eu diria?
Diria o seguinte:
- O Plano de voo é o business plan, e este “deve” começar antes da compra do terreno;
- A análise meteorológica é o mercado, você consegue visualizar se, considerando a atual conjuntura, parte para o “Go No Go” do projeto, pois terá subsídio para entender se nas condições atuais a partida é segura;
- A “intenção de compra”, sinalizada pela demanda, baliza o ritmo e a velocidade que a aeronave deverá ter até seu destino final;
- A análise da oferta sinaliza o tráfego aéreo previsto. Sabendo onde estão seus concorrentes, será possível se posicionar de forma antecipada, traçando uma rota diferente, evitando assim colisões e possíveis sustos;
- O combustível necessário no percurso pode ser traduzido no setor imobiliário pelos recursos financeiros e esforço que o negócio necessitará para cumprir sua jornada.
A análise em conjunto dessas vertentes permite, em primeiro lugar, saber se o negócio deve voar e, posteriormente, estabelecer rotas seguras minimizando perdas e permitindo ajustes durante todo voo.
Mais uma vez apelo a vocês, caros leitores, busquem informação sempre!
Felizmente estamos superando a fase do feeling. Hoje as empresas já começaram a investir em pesquisas, ferramentas e equipe qualificada tecnicamente; porque a experiência é muito importante, mas se não está munida de informações, ela pode ser falha, pode não gerar o resultado esperado e ainda provocar grandes desastres tanto no céu para os pilotos que trabalham neste mundão afora, quanto na terra, nos seus empreendimentos imobiliários.